RBMA conclui formação de Condutores/Monitores Ambientais na região Paraty – RJ como parte do projeto: “Roteiro Integrado de Turismo de Base Comunitária da Península da Juatinga”
A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) juntamente de seus apoiadores e parceiros, concluíram no último dia 29 de agosto, o Curso de Formação Básica de Condutores/Monitores Ambientais, divididos em seis módulos temáticos, cumprindo 220 horas-aulas de atividades teórico-práticas voltadas à capacitação profissional de moradores das comunidades tradicionais da região de Paraty-RJ.
Essa formação dos Condutores/Monitores ambientais é uma etapa fundamental do projeto “Roteiro Integrado de Turismo de Base Comunitária na Península da Juatinga -RJ”, que foi iniciado a partir de demandas das comunidades tradicionais de Trindade, Ponta Negra, Cairuçu das Pedras, Saco das Anchovas, Martim de Sá, Praia do Sono, Ponta da Juatinga, Pouso da Cajaíba e Saco do Mamanguá. Sendo que esta etapa de formação também foi estendida para participação de Paraty Mirim, Laranjeiras, Calhaus, Quilombo da Fazenda e Quilombo Camburi.
O projeto, apoiado pelo Fundo Brasileira para Biodiversidade (FUNBIO) tem como objetivo o desenvolvimento de um Roteiro Integrado de Turismo de Base Comunitária com vistas na profissionalização e organização da cadeia produtiva do turismo onde o projeto está sendo executado, e conta a colaboração de diversos parceiros, incluindo a Fundação Florestal do estado de São Paulo, o Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), a Reserva Estadual Ecológica da Juatinga (REEJ)/Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA), a equipe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBIo responsáveis pela administração da Área de Proteção Ambiental (APA) Cairuçu e Parque Nacional da Serra da Bocaina; a Associação Cairuçu e PIRATII Turismo (Associação de Guias de Turismo e Turismólogos de Paraty).
O encerramento das atividades do curso de formação aconteceu no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), região de grande importância para a RBMA, localizada entre Paraty/RJ e Ubatuba/SP. Após a conclusão do último Módulo do Curso, foi realizada a cerimônia de entrega dos certificados para os 40 alunos formados.
Além da equipe responsável pela execução do projeto, Ana Lopez (Coordenação Geral), Cauê Vilella (Coordenador Local), Jonas Alves (Coordenador Local) e Patrícia Rossi (Coordenadora Pedagógica), participaram da cerimônia de encerramento do curso, diversos colaboradores e apoiadores do projeto, entre eles o Gestor do PESM – Núcleo Picinguaba, Sr. Carlos Roberto Paiva da Silva, o Analista Ambiental do ICMBio, Sr. Flávio Paim, bem como os técnicos do FUNBIO, Sr. Igor Federici e Ana Helena Bevilacqua, representantes da empresa Prio, Sra. Alice Almeida, Higor Biana e Pedro Henrique Cunha e o biólogo Sr. Mario Bueno Pereiro Loyola representando a REEJ/INEA.
Os alunos da segunda turma do Curso de Formação de Condutores/Monitores também participaram da celebração, demonstrando um imenso carinho e admiração aos Condutores/Monitores formados, os quais acolheram os novos alunos com palavras de incentivo e narrando sua experiência e resultados junto ao Curso. Diversos formandos se emocionaram ao receberem os seus certificados, simbolizando a conquista para uma nova etapa de vida e de trabalho no mercado do turismo regional e agradecendo à equipe executiva do projeto pela oportunidade e contínua parceria e apoio para a conclusão do Curso.
A RBMA, as lideranças comunitárias e seus parceiros, estão comprometidos com o andamento do projeto e certos de que, com essa etapa de qualificação profissional foi dado um passo importante na construção do Roteiro de Turismo de Base Comunitária e na consolidação de um turismo na região ligado à conservação da cultura tradicional caiçara e dos recursos naturais.
O encerramento da primeira turma do curso básico de 2023 representa não apenas uma conquista enriquecedora, mas também reforça a importância de iniciativas como esta, que resultam em um valioso intercâmbio de saberes e fazeres que são fundamentais para a perpetuação da identidade socioambiental das comunidades caiçaras, da conservação ambiental da região e o diálogo entre sociedade e as áreas protegidas, é sempre possível e fundamental para a preservação da nossa riqueza tão exuberante da Mata Atlântica.